Um novo olhar sobre uma velha questão...
Dei por mim a reflectir que infelizmente em Portugal, sempre se teve o hábito de confundir o antigo com o velho... isto envolve, a meu vêr, duas leituras: 1) por um lado é um fenómeno contextual, característico da generalidade das sociedades ocidentais ditas desenvolvidas, que advém do facto de a pressão consumista nos levar considerar muitos dos nossos artefactos do dia-a-dia, porquanto que ainda recentemente adquiridos, já obsoletos...ultrapassados...fora de moda. É verdade que os produtos de consumo têm um ciclo de vida cada vez mais reduzido; por exemplo: já ninguém remenda meias, não se manda consertar uma varinha mágica de cozinha, não se carrega um isqueiro com gás, cargas de canetas, frigoríficos, meias-solas, para-choques, guarda-chuvas, facas de cozinha, telemóveis, e toda uma panóplia de outros objectos. Está velho - já "não compensa mandar arranjar" dizem uns, "passou de moda" retorquirão outros, "isso? eh pá, isso é barato, compras outro" ouve...