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A mostrar mensagens de outubro, 2005

Um novo olhar sobre uma velha questão...

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Dei por mim a reflectir que infelizmente em Portugal, sempre se teve o hábito de confundir o antigo com o velho... isto envolve, a meu vêr, duas leituras: 1) por um lado é um fenómeno contextual, característico da generalidade das sociedades ocidentais ditas desenvolvidas, que advém do facto de a pressão consumista nos levar considerar muitos dos nossos artefactos do dia-a-dia, porquanto que ainda recentemente adquiridos, já obsoletos...ultrapassados...fora de moda. É verdade que os produtos de consumo têm um ciclo de vida cada vez mais reduzido; por exemplo: já ninguém remenda meias, não se manda consertar uma varinha mágica de cozinha, não se carrega um isqueiro com gás, cargas de canetas, frigoríficos, meias-solas, para-choques, guarda-chuvas, facas de cozinha, telemóveis, e toda uma panóplia de outros objectos. Está velho - já "não compensa mandar arranjar" dizem uns, "passou de moda" retorquirão outros, "isso? eh pá, isso é barato, compras outro" ouve

Cidades

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Andei anos a pensar que era uma cosmopolita pura, que era na cidade que gostava de estar, de viver e que nunca trocaria a cidade pelo campo. Hoje em dia, não sei se continuo a pensar da mesma maneira, o radicalismo desvaneceu-se e deu lugar à nostalgia das cidades já visitadas e ao desejo de novos destinos (citadinos ou não) A convicção de que a cidade era o meu destino, fez tanto sentido como as promessas de amor eterno, características da adolescência. "Nunca te abandonarei" ou "És o único amor da minha vida" são frases que, com o tempo, perdem força mas ganham solidez, tornando os laços fortes, sem estrangularem. É por isso que penso que talvez um dia deixe de viver na cidade para passar para um cenário mais bucólico. Uns dias passados no Alentejo fizeram-me reflectir sobre todas estas questões. É verdade que não há tantos centros comerciais, que os cinemas não exibem os filmes alternativos do momento e que não estamos no centro... Contudo, encontramos a tão ansi

Projecto - O meu brinquedo é um livro

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Há alguns dias o M chegou a casa com umas fotocópias cujo título era: "Porquê ler ao meu bebé?". Eram relativas ao projecto O meu brinquedo é um livro, promovido pela Associação de Professores de Português e pela Associação de Profissionais de Educação de infância. O objectivo é, através do apoio dos vários municípios, colocar uma almofada e um livro no berço de cada bebé nascido em Portugal. (lindo, mas lírico...) A almofada servirá de encosto para a criança e dará a sensação de tranquilidade associada à leitura. Até à data ainda não tinhamos experimentado com o E, mas agora que já começa a ficar mais direitinho já lhe vamos passando os livrinhos para as mãos. A cor e a textura do papel são um entusiasmo, daí que queira levar tudo para a boca. Vamos ver se este esforço faz dele um "devorador" de livros.

Que bela obra...

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Mas que bela obra, sim senhor... O Barreiro não seria nada sem este magnífico pontão, inaugurado precisamente na véspera das eleições. Lindo... Assistir ao corropio da inauguração foi das coisas mais divertidas dos últimos tempos. Primeiro a foto foi tirada com ínúmeros botes ancorados no tal pontão, mas eu concordo que não ficava nada de jeito, por isso... belíssima opção a dos veleiros. Nesse final de tarde, pudemos ver aproximadamente 8 veleiros ancorados e muito bem enquadrados nas objectivas. Mas foi uma pena... passada a fotografia os veleiros foram embora... OH!!!! que desalento. É que se não há veleiros no Barreiro, afinal para que é que aquilo serve??? Na manhã seguinte, ou seja no dia das eleições permaneceu um veleirozito para a amostra, pelo menos para que eu pudesse registar este momento... obrigado meus senhores.

Deambulando pela Recosta - parte II

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A procura por um local onde deixar o E quando for trabalhar, tem dado comigo em doida e esta procura incessante conduziu-me ao "outro lado da ponte". Assim, de carrinho em punho e de mochila às costas lá fui eu ver se conseguia que o comboio apitasse por estas banda. O caminho até lá não se pode considerar o melhor, mas tanto eu como o E começamos a estar habituados aos altos e baixos das magníficas calçadas da Verderena. Contudo, eis que nos deparámos com um enorme desafio... Oh, não!!!!!!!!! "A ponte"... (desespero, suor e quase lágrimas) É que o acesso a esta malvada ponte, para quem leva carrinhos de bébe ou cadeiras de rodas, é feito através de uma rampa com um grau de inclinação inacreditável, e obviamente sem corrimão de suporte. Assim, respirei fundo e empurrei o carrinho com toda a força e garra, ultrapassando a primeira fase do desafio. Muito bem, eu e o E passámos o primeiro nível... Já em cima da ponte percebi que a dificuldade maior estaria, não no sub

O Santo Graal...

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H á sítios que, pelas sua especificidade se tornam únicos e muito especiais! É contudo, estranho constatar que nem toda a gente consegue ver essa beleza intrínseca, nem apreciar aquele "je ne sais quoi" que lhes é tão característico. Desde há muito tempo que sair-a-noite-no-Barreiro era para mim e para os meus amigos, sinónimo de uma passagem por dois pontos referenciais obrigatórios: o "Altinho da Recosta" e o estabelecimento do "Senhor Johny" (em frente aos Franceses). Porquanto, apenas me reterei sobre o primeiro neste texto, dado que o segundo careceria de muito mais tempo, espaço de escrita...e reflexão! Não sendo tão habilitado para discorrer sobre o assunto como muitos outros barreirenses que viveram ou vivem perto dessa "catedral" e por isso tiveram um sem número de experiências relacionados com "o santuário"; eu enquanto frequentador do "mausoléu" julgo-me todavia merecedor do direito de humildemente dar o meu contrib

"Deambulando pela Recosta - parte I"

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Os meus avós moravam ali próximo e por isso costumava ir andar de bicicleta para aquelas bandas. Mas havia algo intransponível naqueles domínios... A ponte... Para o outro lado só passava quando ia com a minha mãe para Lisboa e não me atrevia a fazê-lo sozinha, é que o pessoal da Recosta tinha fama de não gostar de intrusos no seu território. Anos mais tarde conheci muita gente que morava "do outro lado" e de quem me tornei muito amiga, entre os quais a P, o B, a A, o C, etc... Afinal eles não eram perigosos. Passados muitos anos (mas são mesmo muitos...) voltei a sentir aquela sensação de angustia de quem quer, mas tem medo de passar para o outro lado, ora vejam... será seguro passar por aqui? será que a Srª Anabela Mota e que o seu comparsa Emídio não sabem o estado em que está este mono, ai desculpem, esta ponte? Já agora, onde é que vai dar aquele fosso, que tem um portão que uns dias está aberto e outros não?

Boca Doce

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A licença de maternidade está a fazer de mim uma verdadeira fada do lar, ora vejam o bolinho...

Linda...

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A maravilhosa cadela Albina tomou um rico banhinho e vejam como ficou bonita.